29 de outubro de 2020

RESENHA: A TRAGÉDIA DE HAMLET, O PRÍNCIPE DA DINAMARCA


A TRAGÉDIA DE HAMLET: O PRÍNCIPE DA DINAMARCA
Autor(a): William Shakespeare
Editora: Martin Claret

Páginas: 216
Ano de publicação: 2020
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“Quem está aí?” A pergunta que permeia durante a peça toda é o questionamento das personagens, em especial de Hamlet, é o questionamento de Shakespeare, é o questionamento do público. Essa questão que ecoa sonoramente na vastidão do teatro e que confere uma potência logo de imediato chega aos leitores mais uma vez em A tragédia de Hamlet, o príncipe da Dinamarca, traduzido por Gentil Saraiva Jr. Nesta obra, Shakespeare aborda questões humanas, arquétipos e emblemas da psiquê que sempre estiveram e sempre estarão presentes nos seres humanos.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A tragédia de Hamlet, o príncipe da Dinamarca, lançado pela Martin ClaretO livro é de autoria de William Shakespeare e tem tradução de Gentil Saraiva Jr.

Ser ou não ser? Eis a questão. Todos já devem ter ouvido essa frase  ou então ter lido-a em algum lugar, certo? Pois bem, querendo ou não você já leu um fragmento de Hamlet, olha só! 

Pois bem galera, Hamlet é uma peça de Shakeaspeare, sendo escrita em seu maior período de criação (entre 1599 a 1605), essa peça foi a maior já escrita pelo autor, com uma média de 150 a 200 páginas dependendo da edição, um dos elementos mais característicos da peça é os grandes monólogos que os personagens possuem. Com alto teor filosófico, muitos deles parecem ter prazer em conversar consigo mesmo por linhas e linhas a fio. 

 

Antes de entrar mais na análise da história, acho interessante falar um pouco da trama em si! Muitos devem conhecer o básico, mas caso você não se lembre não tem problema! Hamlet é o príncipe da Dinamarca que sofre com a perda de seu pai (que também se chamava Hamlet), já se passaram meses desde a morte do rei e o reino parece seguir com a vida, porém Hamlet filho ainda sofre pelo luto, tudo isso ainda piora com a raiva que sente da mãe! Isso porque dias depois da morte de seu pai, a rainha casa-se com o Cláudio, irmão do falecido e tio de Hamlet, que então torna-se rei. 

Entretanto, tudo muda quando um fantasma beira os corredores do castelo, alguns dos guardas juram que o fantasma é o rei Hamlet, então Horário, um dos amigos de Hamlet filho, chama o príncipe para analisar a aparição. Hamlet vai e se assusta ao perceber que ali encontra-se a projeção de seu antigo pai. 


Hamlet se assusta ainda mais com a mensagem que ele trás: De que não morreu de causas naturais: fora assassinato! E ainda por cima pelo seu irmão (e atual rei da Dinamarca). Diante dessa novidade, Hamlet precisa tomar alguma ação para vingar seu pai, mas antes precisa saber se o relato da aparição é verdadeira. 

Bom, o resto é história, galera. Não costumo ler peças de teatro, li Hamlet por conta da faculdade (curso letras), e o que começou como uma tarefa da aula de literatura tornou-se uma paixão gigante! A figura de Hamlet é muito enigmática, e ver temas tais como a vingança, a melancolia, o luto e a loucura sendo abordadas de forma tão rica em uma narrativa onde só temos diálogos foi algo completamente único pra mim!

Cansativo, sim. Até porque como não temos a narração por um narrador igual temos nos romances em prosa, fiquei meio confuso em algumas partes. E conforme eu já disse anteriormente, os personagens aqui falam e falam MUITO! Seus discursos são gigantes e às vezes puxam pra uma pegada bem filosófica.


O desfecho é digno de uma tragédia mesmo, mas Hamlet não se atém apenas ao sofrimento sem trégua, existem diversos momentos cômicos na peça, isso acontece porque Hamlet simula estar louco para tentar extrair do rei uma confissão do assassinato de seu irmão. Todos esses elementos fazem com que a leitura da peça não seja tããão cansativa. Recomendo a todos que lerem para assistir a adaptação dela pro cinema (recomendo muito a adaptação Hamlet, de 1996).

Isso porque a obra de Shakespeare é atemporal, e muito da literatura moderna faz alguma referência a Hamlet ou aos elementos trágicos da literatura clássica, é interessante conhecermos mais esse gêneros literários justamente para reconhecermos os traços deles nesses best sellers que costumamos ler! 


Enquanto a edição da Martin Claret, fiquei muito feliz ao ver o cuidado com a tradução (no prefácio "notas do autor" fica claro que cada detalhe foi pensado com cautela para nos aproximar cada vez mais do texto original). Além disso o livro conta com diversas notas de rodapé que nos ambienta e contextualiza determinada fala de um personagem!

Com relação a diagramação e material do livro, isso sim é um espetáculo a parte. A arte da capa está maravilhosa (como vocês podem reparar), e além do livro ser em capa dura a leitura é bem confortável por conta do papel e da diagramação, se for escolher uma versão deste clássico para ter em casa, escolha essa!    


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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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