O MAL NOSSO DE CADA DIA
Autor(a): Donald Ray Pollock
Editora: DarkSide Books
Páginas: 304
Ano de publicação: 2020
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Em uma cidade esquecida no interior de Ohio, a esposa de Willard Russell está à beira da morte, não importa o quanto ele beba, reze ou faça sacrifícios e oferendas. Com o passar dos anos, seu filho Arvin, uma criança negligenciada, torna-se um homem frio e cruel.
Em torno deles, circula um nefasto e peculiar grupo de moradores ― um insano casal de assassinos em série, um pastor que come aranhas e um xerife corrupto ―, todos entrelaçados numa viciante narrativa da mais corajosa e sombria lavra americana. Donald Ray Pollock, o novo autor da DarkSide® Books, promete causar alvoroço nos corações mais frágeis. Ele constrói, com maestria, uma trama hiper-violenta, ambientada no pós-Segunda Guerra, repleta de personagens desagradáveis em um cenário devastador, cruéis o suficiente para cometerem crimes com a casualidade de quem troca de roupa.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O mal nosso de cada da, lançado pela editora DarkSide Books. O livro é de autoria de Donald Ray Pollock e tem tradução de Paulo Raviere.
Willard Russell é um homem amargo. De volta a Ohio depois de servir aos Estados Unidos na segunda guerra mundial, Will não está exatamente animado para reencontrar a sua esposa e filho, na verdade a visão dos dois não lhe evoca nenhum sentimento de afeto - ao contrário das bebidas que leva consigo durante a viagem.
No entanto, Willard utiliza de seu retorno ao vilarejo abandonado por Deus para educar seu filho Arvin, levando-o até o local onde ele costuma a rezar em seu quintal. Arvin nota que aquele lugar de adoração tem um cheiro estranho, além disso carcaças de animais em estado de composição ficam expostas ao redor da cruz, Willard diz ao seu filho que aqueles são pequenos sacrifícios feitos por ele para que Deus o escute.
Quando a mãe de Arvin adoece, Willard começa a fazer cada vez mais sacríficios para que ela se recupere. E com isso Arvin vai crescendo em um ambiente desprovido de amor e banhado em crueldade.
Willard Russell é um homem amargo. De volta a Ohio depois de servir aos Estados Unidos na segunda guerra mundial, Will não está exatamente animado para reencontrar a sua esposa e filho, na verdade a visão dos dois não lhe evoca nenhum sentimento de afeto - ao contrário das bebidas que leva consigo durante a viagem.
No entanto, Willard utiliza de seu retorno ao vilarejo abandonado por Deus para educar seu filho Arvin, levando-o até o local onde ele costuma a rezar em seu quintal. Arvin nota que aquele lugar de adoração tem um cheiro estranho, além disso carcaças de animais em estado de composição ficam expostas ao redor da cruz, Willard diz ao seu filho que aqueles são pequenos sacrifícios feitos por ele para que Deus o escute.
Quando a mãe de Arvin adoece, Willard começa a fazer cada vez mais sacríficios para que ela se recupere. E com isso Arvin vai crescendo em um ambiente desprovido de amor e banhado em crueldade.
Como se não fosse suficiente, todos os moradores daquela vila parecem perturbados, pois afinal temos um padre abominável, um casal de serial killers, um xerife corrupto e outro catálogo de personagens com seus segredos obscuros.
Escrever essa resenha é complicado porque a leitura de O mal nosso de cada dia foi uma experiência bem intensa! Em seu primeiro livro, Pollock reconstrói um cenário extremamente cruel e depressivo para situar sua história. Inclusive a vila parece ter um peso sobre os personagens, como se ali o mal ganhasse vida e se manifestasse nas pessoas que moram ali.
Mas nesse livro o mal não apenas habita um lugar, ele parece perseguir tudo e todos.
O que me surpreendeu no começo foi a forma como a narrativa é desenvolvida, isso porque no começo temos os protagonistas definidos (Willard e Arvin), entretanto os personagens secundários vão ganhando mais força conforme a história vai crescendo até chegarmos em uma determinada parte do livro (que contém sete partes) que são narradas por outros personagens.
Escrever essa resenha é complicado porque a leitura de O mal nosso de cada dia foi uma experiência bem intensa! Em seu primeiro livro, Pollock reconstrói um cenário extremamente cruel e depressivo para situar sua história. Inclusive a vila parece ter um peso sobre os personagens, como se ali o mal ganhasse vida e se manifestasse nas pessoas que moram ali.
Mas nesse livro o mal não apenas habita um lugar, ele parece perseguir tudo e todos.
O que me surpreendeu no começo foi a forma como a narrativa é desenvolvida, isso porque no começo temos os protagonistas definidos (Willard e Arvin), entretanto os personagens secundários vão ganhando mais força conforme a história vai crescendo até chegarmos em uma determinada parte do livro (que contém sete partes) que são narradas por outros personagens.
Além disso a história do livro se passa em um período de 20 anos, tendo os habitantes da vila como protagonistas. No começo esses fatores me confundiram um pouco, até porque aparecem vários nomes diferentes e eu demorei um pouco pra pegar quem era quem, mas acabou dando tudo certo.
Por ver que a narrativa ia se dar dessa forma, fiquei com medo do final não me agradar por não ter um clímax, mas acabei sendo surpreendido ao ver que o final fecha sim a história num total e também estabelece uma tensão que sabemos que será a tensão final do livro (cumprindo aí a promessa do clímax).
A escrita de Pollock é visceral, incomoda e expõe muitas críticas ao lado sombrio da natureza humana: tais como o fanatismo, a hipocrisia e a crueldade que nos rondam. A leitura está mais do que indicada pra quem gosta de uma trama bem fundada com traços violentos e bastante sangue!