Autor(a): Ferréz & Fernando Vilela
Editora: DarkSide Books
Páginas: 36
Ano de publicação: 2020
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Anna esperava por aquele dia com ansiedade. Guardava as moedas que ganhava da mãe para tomar sorvete e comprar doces. Depois de alguns meses, quando juntou o suficiente, acordou cedo no dia seguinte, colocou três maçãs na mochila e saiu de casa. A razão? Um passeio de balão pelos céus de São Paulo. Mas esse não seria um passeio qualquer. Anna queria chegar perto das nuvens. Queria reencontrar o pai. Anna e o Balão reúne o texto de Ferréz (autor de Capão Pecado) com a arte de Fernando Vilela (Lampião & Lancelote) ― autores premiados e com olhar crítico em todas as manifestações artísticas ― para contar uma bela história de luto e saudade, mas também de companheirismo, aprendizado e amor. Como afirma a protagonista, o pai a ensinou “a compreender e a se colocar no lugar do outro”, algo cada vez mais necessário e urgente nos dias de hoje. Durante o passeio com o sr. Jacob, dono e condutor do balão, Anna rememora e homenageia o pai, narrando os bons momentos que passaram juntos, lembrando do que ele lhe ensinou, tentando abrandar a dor que sente. Através da palavra, da arte e da lembrança, Anna nos mostra que é possível, sim, apesar de toda a dor que se tenha, seguir em frente. “Estou com esse balão há mais de dez anos e nunca deixei de me maravilhar com ele. Vamos entrar ali?”, convida o sr. Jacob, para quem a capacidade de se maravilhar é fundamental para nunca nos esquecermos da força e do poder que o amor tem.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Anna e o balão, lançado pela DarkSide Books. O livro é de autoria de Ferréz e Fernando Vilela.
Uma obra dos autores Ferréz - escritor brasileiro renomado, publicado em seis países e youtuber- e Fernando Vilela - artista, designer, escritor e ilustrador, vencedor de dois prêmios Jabuti com seu livro "Lampião e Lancelote".
Eis aqui uma obra muito sensível e repleta de simbolismos. Começamos conhecendo Anna, ela juntou moedas por um tempo para conseguir pagar uma viagem de balão e finalmente o dia que tanto sonhara chegou.
Ela vai em busca do endereço com uma mochila nas costas levando três maçãs consigo: Casa de número 40, lado par da rua. Ao tocar a capanhia, um homem velho chamado Jacob a recepciona e é a partir deste ponto que a magia acontece.
Esta obra retrata a perda, o luto, o recomeço. Anna perdeu o pai ainda muito pequena e acredita que viajar no balão a fará encontrá-lo, pois sua mãe disse que agora ele vive nas nuvens. A conversa de Anna com o velho é de uma sensibilidade tremenda! Aprendemos com eles que as pessoas que partiram continuam conosco em nossa essência, em nosso coração, em nossas lembranças.
Um ponto que me chama atenção nessa obra também é a simbologia do número 40. Jesus passou 40 dias no deserto em jejum, 40 também é o número de dias que Deus fez chover na época de Noé e também é o número de anos que o povo de Israel passou a procura da Terra Prometida, entre outros eventos bíblicos. Além disso, Jacob é um nome bíblico e o final da história te deixa com um ponto de interrogação tão grande...
Um livro infantil com uma profundidade gigantesca que toca até mesmo o público adulto. Uma leitura para toda família!
Amando esse selo da Dark, trazendo livros voltados para o público infantil,mas que os adultos piram junto rs
ResponderExcluirIsso é maravilhoso! Analogias de vida, penso bem assim e com certeza, é um selo que se puder, vou ler tudinho!!!
Beijo
Angela Cunha/O Vazio na Flor