Autor(a): Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 896
Ano de publicação: 2020
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Bryce Quinlan tinha a vida perfeita - trabalhava duro o dia todo e festejava noite adentro -, até que um demônio assassina alguns de seus melhores amigos, deixando-a destruída e mudando sua vida para sempre. Sem entender como sobreviveu ao ataque da besta, a semifeérica tenta superar a perda, com o consolo de que o culpado por conjurar o demônio está atrás das grades. Mas quando os crimes recomeçam, dois anos depois e com as mesmas características, Bryce se vê no meio de uma investigação que pode ajudá-la a vingar a morte dos amigos. Hunt Athalar é um notório anjo caído, agora escravizado pelos arcanjos que um dia tentou derrubar. Suas habilidades brutais e força incrível foram definidas para alcançar um único objetivo: assassinar – sem perguntas – os inimigos do seu chefe. Mas com um demônio causando estragos na cidade, ele ofereceu um acordo irresistível: ajudar Bryce a encontrar o assassino, e sua liberdade estará ao seu alcance. Enquanto Bryce e Hunt se aprofundam nas entranhas da Cidade da Lua Crescente, eles descobrem um poder sombrio que ameaça tudo e todos que amam, e encontram um no outro uma paixão ardente – que teria o poder de libertar os dois, se eles apenas a aceitassem.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Cidade da lua crescente: casa de terra e sangue de autoria de Sarah J. Maas, publicado pela Galera Record com a tradução de Adriana Fidalgo.
Bryce Quinlan leva uma vida agitada na Cidade da lua crescente, em um mundo onde as raças são extremamente variadas, a sociedade de Midgarth se dividiu em quatro casas para cada uma acolher uma gama de povos que compartilham aquele mundo. Bryce é considerada uma mestiça já que sua mãe é humana (pertencente a casa de Terra e Sangue) e seu pai um feérico (pertencente a casa de Céu e Sopro).
Entre tantos povos, os humanos são considerados os mais fracos por não terem acesso a nenhum tipo de magia (sendo até mesmo escravizados em muitas partes do continente), todavia Bryce é considerada ainda pior por muitos: ela é uma mestiça. Mesmo herdando a aparência de uma feérica, Bryce não possui poder algum, e isso a torna especialmente fraca.
Por sorte Bryce conta com sua amiga Danika Fendyr para tudo, líder de um dos principais grupos de lobisomens da cidade da lua crescente, Danika é vista como uma das lobas mais poderosas da história e tem tudo para escrever seu nome da história, entretanto tudo muda após uma noite fatídica:
Ao retornar de uma festa, Bryce encontra seu apartamento que divide com os amigos completamente revirado, na verdade é pior que isso: encontra seus amigos mortos (ou o que restou deles). Em desespero a semifeérica encontra um demônio extremamente poderoso, que acredita ter sido o responsável por tirar a vida de seus amigos. Desse encontro apenas Bryce sai viva para contar a história.
Rapidamente os arcanjos encontram o homem responsável por evocar o demônio, mas mesmo com sua prisão, Bryce sente que uma parte dela morreu naquela noite. Dois anos se passam e a semifeérica tem um encontro indesejado com o mesmo arcanjo que a interrogou na noite fatídica: Hunt Athalar
Hunt é conhecido por todos da cidade por ser um arcanjo renegado que cumpre uma penitência por se rebelar contra sua antiga comandante. atualmente Hunt trabalha como um escravo do sistema da cidade e, por ser imortal, seu período de sentença é indefinido.
A figura do arcanjo contata Bryce por um motivo: uma série de assassinatos tomou conta da cidade nas últimas semanas e eles são extremamente parecidos com o que matou os amigos da semifeérica anos atrás, teriam eles prendido a pessoa errada? Bryce é colocada para investigar os novos casos juntos com o arcanjo e aos poucos um começa a conhecer cada vez mais o outro.
Bom, pra começar é importante falar que minha experiência com os livros da Sarah é um tanto limitada, sendo que eu só li a trilogia do Corte e ainda não li sua saga mais famosa (Trono de Vidro), portanto não vou falar muito da escrita desse livro comparado com os outros da autora! Mas é importante falar que esse é o primeiro livro dela voltado para o público adulto, ele foi vendido lá fora por ser um fantasia para o público adulto e o livro vem com a classificação etária para +18 já na capa nacional!
Mas sinceramente? A diferença do tom adotado da autora nesse livro e na trilogia da Corte não é tão diferente assim, claro que existe umas cenas mais explícitas (seja na questão sexual ou na violência), e alguns palavrões aqui e ali, mas não chega a ser tãão diferente assim, o que eu acabei achando um ponto positivo, porque os fãs de gostam da autora vão conseguir encontrar familiaridades nesse novo título.
O que me instigou a ler Cidade da lua crescente (apesar das fortes críticas negativas que eu li e vi quando o livro foi lançado lá fora) foi minha curiosidade para ver como a autora iria trabalhar esse novo universo, afinal a autora puxou uma variedade de mitologias para criar Lunathion, temos sereias, vampiros, lobisomens, feéricos, demônios, bruxas, e por aí vai... A lista é gigante e obviamente nem todos esses povos são evidenciados nas quase 900 páginas, mas temos uma alusão e vários deles na narrativa.
Mas respondendo a pergunta "a autora trabalhou bem todo o universo?", minha resposta seria SIM e NÃO. Sim pois ela consegue evocar muitos desses personagens no começo da narrativa, é legal ver que todos eles possuem um lugar naquela sociedade e a política da cidade da lua crescente envolve todos esses povos, mas também diria que ela não trabalha bem essa variedade porque todos esses elementos são colocados de lado a partir de certo momento na narrativa para focar nos dois protagonistas.
Partindo pra eles, Bryce e Hunt são bem interessantes porque ambos tem suas histórias pessoais bem marcadas no livro, enquanto Bryce sofre com o estigma de ser "superficial e baladeira" (que eu achei um pouco forçado demais em certo ponto), Bryce luta com os demônios do passado enquanto é obrigado a servir seu novo comandante em um regime de escravidão. A relação dos dois se dá de maneira afiada no começo, mas logo vai se aprofundando conforme um compartilha as dores com o outro, é um processo bem legal e interessante (mesmo Hunt certas vezes caindo no limbo Sarah J. Maas de macho escroto).
Outros personagens também são bem interessantes e me conquistaram durante a narrativa, a duende do fogo Lebatah que trabalha com Bryce e o meio irmão da semifeérica, Ruhn, foram os que mais ganharam destaque entre os secundários! Temos antagonistas que funcionam pra nos dar aquele ódio também, como Sabine (mãe de Danika) e Sandriel (arcanja e governadora de Pangea). Os papéis das duas são um tanto quanto limitados, porém funcionam.
O que mais me surpreendeu na narrativa foi a parte final, tudo acontece muito rápido nas últimas 200 páginas (parece ironia eu falar que algo acontece rápido em um livro de 900 páginas), com um ritmo frenético, li a última parte devorando cada página! O resultado foi um final bem satisfatório, no entanto ele parece encerrar vários assuntos que eu pensei que ficariam pendentes para o próximo livro (visto que até então teremos uma trilogia).
O que me deixa BEEEM curioso pra saber o que a autora vai trabalhar no próximo livro! Tenho uma leve ideia, mas posso estar completamente enganado! Agora é esperar para ver, gostei bastante do desenvolvimento desse livro e, por mais que a autora tenha caído em algumas falhas (sendo a falta de representatividade um deles, mas falarei disso em outro post), acredito que Sarah esteja trilhando para nos oferecer um mundo mais complexo ainda na sequência! Resta-nos esperar!
Acredita que ainda não conheço as letras da autora? rs
ResponderExcluirPois é, não li nenhum livro da série da Corte, mas ainda pretendo.
Mas sem sombra de dúvidas, este foi um dos calhamaços mais desejados neste ano. Acho que não li uma resenha negativa dele e isso é maravilhoso.
Espero comprar essa lindeza em breve!!!
Beijo
Angela Cunha/O Vazio na Flor
Comprei esse livro maravilhoso e chega em breve, estou louca para ler e com certeza irei adorar!
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