Autor(a): Andrée Chedid
Editora: Martin Claret
Páginas: 265
Ano de publicação: 2016
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Filho de pai muçulmano egípcio e mãe católica libanesa, Omar-Jo carrega suas origens no nome. Durante a guerra do Líbano, em 1987, um carro-bomba leva seus pais e seu braço. E o menino de doze anos é enviado pelo avô, trovador, a Paris. É onde ocorre o encontro do Oriente com o Ocidente, do menino-duplo com as luzes, as cores, os sons e os movimentos do Carrossel de Maxime; o rabugento proprietário que, pouco a pouco, reencontra com o menino, então múltiplo, a alegria de viver. Alteridade, amor e tolerância fazem parte do enredo poético. A ser lido em voz alta.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O menino múltiplo lançado pela editora Martin Claret. O livro é de autoria de Andrée Chedid, tem tradução de Petê Rissatti. A resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Omar-Jo muda-se para França após sofrer perder os seus pais em uma explosão de um carro bomba no Líbano. Além de matar
seus pais a explosão leva um dos braços de Omar. Sem família para protegê-lo naquela região demarcada pela guerra, Omar-jo vai de encontro ao seu avô, residente em Paris.
seus pais a explosão leva um dos braços de Omar. Sem família para protegê-lo naquela região demarcada pela guerra, Omar-jo vai de encontro ao seu avô, residente em Paris.
A cidade luz parece um lugar ideal para um recomeço, e entre as ruas da capital francesa Omar se depara com um pequeno parque, nele o carrossel chama a sua atenção - assim como o senhor até então rabugento que é dono daquele carrossel.
Maxime é um homem ressentido que guarda muitas mágoas de seu passado, conhecer Omar, um rapaz tão jovem que já passou por tanta coisa, parece atingi-lo na alma, como um ponto divisor de águas que vai mudar para sempre a vida de ambos.
Esteja pronto para mergulhar em uma narrativa poética, reflexiva e encantadora que remete a verdadeira alma humana. O menino múltiplo é um daqueles livros que você lê com um sorriso no rosto e com lágrimas nos olhos, é extremamente belo e emocionante ver a trajetória dos personagens e a forma como suas relações vão sendo construídas no decorrer nas páginas.
Páginas essas que você nem sente passar direito, sério, Andrée tem a habilidade de escrever de uma forma tão fluída que você sente sendo guiado por esse oceano cultural que é o livro. Esse fator eu acho extremamente importante de ser falado, o autor consegue mesclar as culturas orientais e ocidentais de uma forma muito precisa, destacando o choque cultural que pode existir muitas vezes entre pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo dedicando o quão o ser humano é diferente mas ao mesmo tempo sente as mesmas coisas.
A própria metáfora do carrossel e como a vida costuma dar seus giros é bem válida nessa narrativa, confesso que me emocionei bastante com a história de Omar-jo e que aqueles que se aventurarem neste mundo não irão se arrepender de começar a ter lido essa história tão bela!