Autor(a): Ellen Reys
Editora: Independente
Páginas: 125
Ano de publicação: 2022
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A terra passa um período de devastação política, social e ambiental. Cataclismos sem precedentes mudaram a geografia do planeta. Em meio ao pânico causado pela chegada do “fim do mundo”, o surgimento de variantes letais do vírus que ameaça dizimar a população mundial, uma organização teocrática, presidida por cinco mulheres toma conta das maiores cidades, dando início à Confederação Global e insuflando os cidadãos a cometerem atos vis contra aqueles que ousam se opor à Nova Ordem. Cinco deusas sanguinárias e inclementes, no papel de cinco mulheres poderosas e cruéis, cuja sede de poder não vê obstáculos para seguir em frente, ainda que o resultado seja morte e destruição. Fique atento, o caos total pode estar mais próximo do que você imagina.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Deusas da morte lançado de forma independente. O livro é de autoria de Ellen Reys e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Desde quando o mundo é mundo, sabemos que o ser humano esteve no centro de tragédias regidas pela violência. Guerras, matanças em série e outros eventos do tipo são a prova de que nossa história é intrincada de sangue e fúria. Isso também se espelha em nossa cultura, como por exemplo nas diversas mitologias onde existem personificações para a guerra e a discórdia (tome Ares e Éris da mitologia grega, por exemplo).
Bom, o ano é 2023 e esses conflitos parecem ter atingidos o ponto máximo. Nessa história, a terra é governada por uma associação chamada Nova Ordem, que espalha seu poder ditatorial em todo o planeta (planeta esse que parece estar enfrentando os dias finais).
O clima apocalíptico não poderia ser maior: além dos vírus de alastrando em toda a sociedade, a negligência política parece agravar ainda mais a situação e nenhuma das cinco mulheres que controlam a Nova Ordem parecem interessadas em sanar esses conflitos, muito pelo o contrário, elas parecem atiçá-los, prontas pra verem o mundo pegar fogo.
E é a partir desse ponto que conhecemos essa cúpula da Nova Ordem, quando passamos a saber que essas cinco mulheres não são nada menos que cinco deusas de diferentes panteões mitológicos e religiosos cujo objetivo é incendiar a humanidade em miséria e conflito.
A partir daí, Ellen Reys nos leva para diversos períodos da história para conhecermos mais a respeito dessas entidades, explanando um pouco do porquê seus objetivos são tão nefastos e como elas pretender finalizar com a raça humana em um jogo cruel e perigoso (já que a resistência contra essa Nova Ordem parece fraca e instável).
Uma escrita cruel e precisa é o que guia Ellen Reys nesse livro! Eu fiquei impressionado ao ler a história de cada uma dessas deusas da morte, e acredito que o ponto alto do livro seja justamente isso: a diversidade das deusas exploradas nessa história é incrível - e brutal!
Além de Éris e Sekhmet, que são mais conhecidas, Deusas da morte também conta com Ticê, Hel e Nine-Nui-Te-Po como entidades que são perfeitas antagonistas a luta contra a resistência.
Uma coisa que eu queria nessa leitura seria capítulos um pouco maiores que explorasse um pouco mais essas personagens. O livro é curtíssimo e por isso o ritmo é extremamente acelerado! Isso é bom, mas também senti que prejudicou um pouco a história nesse quesito de desenvolver mais o conflito.
O final é incrível e caótico - assim como o livro todo - e mal posso esperar pela continuação (que com certeza vem aí depois de um final desses!).