Autor(a): Diego Betioli & Rodolfo Bezerra
Editora: Autografia
Páginas: 410
Ano de publicação: 2020
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Imagine pegar o metrô em um dia comum e ter como destino final um lugar totalmente desconhecido, terrível e assombroso. Gabriel e Alex são jovens normais, que por obra do destino, acabam embarcando no que seria o último trem do metrô no dia. E o que parecia um simples retorno para casa acaba se transformando em uma viagem sobrenatural quando este trem simplesmente não para nas estações normais, seguindo caminho até um lugar longe de qualquer civilização conhecida, chamado Última Estação.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A última estação lançado pela editora Autografia. O livro é de autoria de Diego Betioli & Rodolfo Bezerra e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Quem nunca perdeu aquele último metrô ou ônibus da noite por questão de segundos? Pois bem, o sentimento de frustração é gigante, e é nisso que conhecemos dois jovens chamados Gabriel e Alex, que acabam perdendo o último metrô, mas por uma terrível sorte, descobrem que um horário extra foi colocado naquela noite, e é ali que eles embarcam no que poderia ser a solução deles - mas acaba sendo o pior erro de suas vidas.
Mas antes de tudo, vamos conhecer os personagens! Alex é um rapaz que passa por uma série de problemas familiares, principalmente por conta da sua mãe que sofre por algumas doenças pulmonares, e desde cedo ele teve que trabalhar em uma oficina como mecânico para ajudar com as despesas da família. Em uma noite comum, onde Alex está procurando por diversão em uma balada de São Paulo, o rapaz recebe uma ligação de que sua mãe está internada em um hospital. Assustado, o rapaz vai até a estação, onde pega o último metrô.
Já Gabriel divide sua rotina entre seu trabalho e os estudos, almejando tornar-se uma pessoa independente e sair da casa de seus pais igual suas irmãs mais velhas Juliana (uma advogada bem sucedida) e Raquel (uma arquiteta). Toda essa pressão faz de ser alguém faz com que Gabriel se sinta acuado, e redobre seus esforços nas aulas e no emprego que tem. Em uma noite, o rapaz pega o mesmo metrô que Alex.
O que ambos vão descobrir é que o metrô onde estão simplesmente não para nas estações comuns, nem mesmo no terminal da linha! E isso é apenas o começo de algo muito estranho, perturbador e inimaginável, conforme o sobrenatural vai percorrendo os sombrios vagões daquele metrô misterioso.
Para começar: QUE LEITURA. Confesso que fiquei extremamente surpreso com o ritmo e o destino final desse livro. Isso porque eu esperava um outro tipo de narrativa (algo próximo do filme "Plataforma do medo", para quem conhece) e fui surpreendido positivamente com um enredo que vai além do terror básico do qual poderia ter sido a história.
Além dos dois personagens apresentados, mais seis pessoas estão nesse vagão e nenhuma delas faz ideia do que está acontecendo! O mistério atinge seu clímax quando o metrô realmente chega na última estação, o que parece ser de uma realidade paralela! Revelar mais informações poderia ser prejudicial para a sua leitura, por isso irei parar por aqui, mas preciso dizer que o livro me deixou fascinado com toda sua construção e que eu não esperava esse desenvolvimento de forma alguma!
O ponto-chave do livro também está no desenvolvimento dos outros personagens, e todos eles acrescentam em muito a história (por quê? Você irá descobrir isso depois!). Mas Jorge, Roberto, Mônica, Alexandre, Manuela e Tomaz vão crescendo conforme a história avança, isso porque o autores criam laços entre eles que serão essenciais para entender o que está acontecendo.
Fiquei surpreso também pelo fato do livro ter sido escrito por duas pessoas, Diego e Rodolfo conseguem trabalhar em um ritmo uníssono e em nenhum momento senti que a narrativa ficou confusa, pelo contrário, as quase 400 páginas fluem muito facilmente!
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