A ESCOLA DE BOAS MÃES
Autor(a): Jessamine Chan
Editora: Globo Livros
Páginas: 319
Ano de publicação: 2022
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Em um futuro próximo, o Estado mantém uma vigilância constante sobre as mulheres e cobra daquelas que ousam gerar outro ser humano nada menos que a perfeição. Qualquer pequena distração pode ser vista como um ato gravíssimo. Frida Liu, uma mulher que faz de tudo por sua filha Harriet, de quem cuida sem nenhuma rede de apoio, comete um pequeno deslize e isso faz com que ela seja sentenciada como inadequada e enviada a uma instituição correcional, a "Escola de boas mães”, para ser treinada e provar que pode ser a mãe irretocável que esperam que ela seja.Em seu livro, Jessamine Chan nos apresenta uma distopia bastante realista sobre como a sociedade sobrecarrega as mulheres, em especial as mães, com julgamentos, preconceitos e cobranças. A escola de boas mães é um clássico moderno sobre feminismo, maternidade e o papel de mulher em um mundo cada vez mais controlador e opressivo.A obra está sendo adaptada para uma série de TV com roteiro assinado pela própria autora e dirigida por Jude Weng, de Young Sheldon, The Good Place e Black-Ish.Leia menos
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A escola de boas mães lançado pela Globo Livros. O livro é de autoria de Jessamine Chan e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Em uma espécie de futuro distópico, a nação monitorará constantemente as mulheres e condenará aquelas que se atrevem a engravidar de um ser humano que não seja, no mínimo, perfeito.
Frieda Liu, uma mulher que faria qualquer coisa por sua filha Harriet, cuida dela sem uma rede de apoio, mas após cometer um pequeno erro ela é declarada inapta e é então colocada na "Escola de boas mães”, para que ela consiga provar que é o suficiente para cuidar de sua filha.
A própria sinopse desse livro diz que a história escrita por Jessamine Chan é uma mistura de O conto de Aia com Admirável mundo novo e eu não poderia concordar mais. A leitura de 'A escola de boas mães' é, ao mesmo tempo, assustadora e reflexiva.
Isso porque a autora evoca discussões extremamente necessárias sobre como a sociedade vê (e culpa) a figura materna e a mulher no geral, geralmente pelas falhas de outros homens. A cobrança também parte na questão da mãe precisar ser perfeita, e qualquer despreparo que ela tenha (por ser uma mãe de primeira viagem ou então não ter perícia em determinado assunto) é mal visto pelos outros.
Esse fatores são escancarados nesse livro, e em contraste nós temos as escolas dos pais, onde a cobrança pela perfeição não chega nem perto do que é para as mães. Essa discrepância é muito visível no livro e pode causar muita repulsa em quem quer que esteja lendo.
Vemos o reflexo disso de forma muito forte na protagonista, Frida. A expectativa que se é criada na forma como Frida deve se portar e se evoluir para se tornar 'aceitável' é de deixar qualquer um enojado, e esse sentimento cresce no decorrer da história.
Por mais que a história não tenha me pego muito no começo, eu acabei por gostar muito da narrativa da metade pro final! Acho que o começo poderia ser mais condensado, mas de qualquer maneira acabei gostando muito. Espero ansiosamente pela série que vai sair desse livro.