PARA O LADO DE SWANN
Autor(a): Marcel Proust
Editora: Companhia das Letras
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 448
Ano de publicação: 2022
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Para o lado de Swann é o primeiro dos sete livros que compõem o romance À procura do tempo perdido. Neste trabalho inigualável, Marcel Proust parte das experiências do Narrador para investigar o significado do tempo, da arte, do amor e da existência.Publicado originalmente em 1913, este tomo apresenta o leitor às reminiscências da infância do Narrador e a personagens como Charles e Gilberte Swann, Odette de Crécy e conde de Forcheville. É também aqui que está presente o icônico episódio das madalenas ― quando o Narrador, ao provar um bolinho, é tomado por uma alegria imensa, fruto da memória involuntária das férias que passava em Combray.Mario Sergio Conti, que assina a tradução, a introdução e as notas desta edição, destaca a polivalência temporal do Narrador, que “raciocina acerca do que acontece no presente, e também adota a perspectiva de quem está no futuro e analisa o passado”. O volume inclui prefácio de Etienne Sauthier, que contextualiza a recepção da obra proustiana no Brasil.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Para o lado de Swann lançado pela editora Companhia das Letras. O livro é de autoria de Marcell Proust e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Acho que todo mundo já passou pela sensação de procurar o tempo perdido. Seja quando estamos no ônibus indo pra casa ou à espera de alguém em uma lanchonete, um pensamento ou outro atravessa nossa mente e resgata uma memória da infância, adolescência ou até mesmo do dia anterior!
Isso sem contar naquele famoso "e se", explorando realidades alternativas que seriam a nossa caso tomássemos uma escolha diferente da que escolhemos. Bem, esssas divagações são normais e até mesmo pacatas; mas eu acredito que ninguém conseguiu transpor elas de uma maneira tão visceral quando Marcel Proust.
Composto por sete volumes, "À procura do tempo perdido" é um clássico da literatura que demorou 14 anos para ser finalizado, e sim, ele conta com cerca de 1.3 milhões de palavras e foi considerado pelo Guinness World Records como a maior obra já publicada!
O livro mistura momentos de pura reflexão com filosofia em uma narrativa que mescla fluxos de consciência com a prosa fictícia. Por mais que tenha sido publicado em diversos volumes, o livro é tido como uma história única — o que garante seu recorde de livro mais longo já escrito.
Só que de nada vale ter a maior história já escrita se ela não for boa, não é mesmo? Por sorte, qualidade é o que não falta no primeiro volume dessa longa série. "Para o lado de Swann" é o responsável por evocar essas divagações filosóficas e procuras por si mesmo. No começo eu confesso que ficou um pouco perdido com a narrativa, isso porque não sabia o que esperar exatamente dela! Ou então por achar que ela seguiria o ritmo padrão de livros que costumo ler.
Nas três partes que dividem o primeiro livro, conhecemos a infância de Swann de uma forma lírica e extremamente descritiva (característica do autor), conforme vamos nos aprofundando em suas vivências e viagem a Paris, novos personagens vão aparecendo! Como Odette, da qual terá uma série de laços amorosos com o jovem Swann.
A descrição dos personagens e complexidades de cada um deles é o forte de Proust, quase que como uma aula master de desenvolvimento de personagens. Me encantei muito por esse livro (que é bem menos difícil do que eu acreditava que seria), e mal posso esperar para ler os outros volumes!