Autor(a): Christina Lamb
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 496
Ano de publicação: 2022
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“No mundo todo, o corpo da mulher ainda é algo muito próximo de um campo de batalha, e centenas de milhares de mulheres carregam as marcas invisíveis da guerra. Por isso, dispus-me a contar a história de algumas delas em suas próprias palavras.” É o que diz Christina Lamb, uma das mais corajosas correspondentes de guerra da atualidade, no começo deste livro. Nele, a autora narra tragédias e desafios na vida de mulheres em tempos de guerra. E nada é mais devastador do que o aumento do uso do estupro como arma. Ao visitar zonas de guerra de todo o mundo, ela registra as mais angustiantes histórias de violência de gênero, desde as meninas iazidi feitas de escravas sexuais por combatentes do Estado Islâmico e das milhares de alunas sequestradas no norte da Nigéria por Boko Haram, à luta de um ginecologista congolês que sutura mais vítimas de estupro do que qualquer outro no mundo. Narrado como se fosse uma peregrinação e estruturado por país, Nosso corpo, seu campo de batalha dá voz a mulheres violentadas e negligenciadas em áreas subjugadas pela guerra, em que a humanidade já não se faz mais presente.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Nosso corpo, seu campo de batalha lançado pela Companhia das Letras. O livro é de autoria de Christina Lamb e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Christina Lamb, uma das correspondentes de guerra mais corajosas da atualidade, aborda em seu livro "Nosso corpo, seu campo de batalha" a história de mulheres em tempos de conflito, que enfrentam desafios e tragédias indescritíveis.
Lamb inicia seu relato destacando que, infelizmente, o corpo da mulher ainda é um campo de batalha no mundo inteiro, e que inúmeras mulheres carregam as marcas invisíveis da guerra. A autora, então, decide contar a história dessas mulheres em suas próprias palavras.
Ao visitar diversas zonas de guerra ao redor do mundo, Lamb relata as histórias angustiantes de mulheres que sofrem violência de gênero, sendo que o aumento do uso do estupro como arma é, sem dúvida, uma das tragédias mais devastadoras.
Em seu livro, a autora documenta a violência sofrida por meninas yazidi que são feitas de escravas sexuais por combatentes do Estado Islâmico, bem como o sequestro de milhares de alunas no norte da Nigéria por Boko Haram. A luta de um ginecologista congolês, que sutura mais vítimas de estupro do que qualquer outro profissional no mundo, também é narrada por Lamb.
O livro é estruturado por país e narrado como se fosse uma peregrinação, dando voz às mulheres violentadas e negligenciadas em áreas subjugadas pela guerra, onde a humanidade já não se faz mais presente.
Gente, que livro. Primeiramente eu fiquei fascinado com a pesquisa da autora e por isso acabei solicitando o livro através da minha parceria com a editora Companhia das Letras. Com uma série de imagens que compõem e aprofundam os estudos de Lamb, minha percepção a respeito das mulheres em campos de guerra e conflito mudaram completamente após o término dessa potente leitura.
É um relato poderoso e doloroso sobre a violência sofrida pelas mulheres em tempos de guerra, e a negligência das autoridades e instituições internacionais para prevenir e combater esses crimes. "Nosso corpo, seu campo de batalha" é uma obra indispensável para quem busca compreender as consequências da guerra na vida das mulheres e a necessidade urgente de se lutar pela sua proteção e justiça.