TRÊS MOTIVOS PARA LER "ROTAS DE FUGA"

Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Rotas de Fuga de Cleone Ribeiro. 

Rotas de Fuga é um romance em que a diversidade de vozes narrativas, acrescida de uma linguagem na qual domina uma atmosfera de incertezas e de ambiguidades, justificam o estilo da narração. Tem como protagonista Helena, quem, na pretensão de escrever um romance, sentindo-se traída pela memória, busca auxílio em um narrador que a socorre quando do preenchimento dos seus vazios. Na condição de narradora depara-se com bloqueios que vão se insinuando no enredo e que por vezes a levam a interromper o discurso. Como compensação à precariedade da sua memória recorre aos sonhos (?) ― os maiores responsáveis pela citada ambiguidade ― por lhe provocarem o despertar de uma memória ficcionada, desvinculada, na maior parte das vezes, da temporalidade.

  

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1. Uma fusão de gêneros

Em "Rotas de Fuga", Cleone Ribeiro para dentro da mente de Helena, uma aspirante a escritora em busca de sua identidade e criatividade. A narrativa flerta com diversos gêneros, misturando elementos poéticos, autobiográficos e ficcionais, realmente é uma experiência ler esse livro! Ao explorar os sonhos como portais para uma dimensão onde passado e presente se fundem, o livro desafia as fronteiras da realidade.

2. Personagens que marcam

Ao lado de Helena, somos apresentados a uma série de outros personagens que enriquecem ainda mais a história de Cleone Ribeiro. A relação conturbada entre Helena e sua filha Laura, por exemplo, é intensa e conflituosa. Além disso, a presença do narrador auxiliar, que se entrelaça com a voz de Helena, nos convida a refletir sobre o processo de contação de histórias e o ato de criar literário.

3. Estrutura narrativa que surpreende

Embora a estrutura não linear possa surpreender o leitor no início, é essa mesma complexidade que confere à narrativa sua profundidade e ressonância emocional. Em vez de seguir uma linha narrativa convencional, "Rotas de Fuga" navega em um mar de lembranças, refletindo a natureza muitas vezes fragmentada e dispersa da mente humana.