Organizadores: Kathleen Glasgow & Liz Lawson
Editora: Plataforma 21
Páginas: 416
Ano de publicação: 2023
Compre através deste link.
No último dia das bruxas, a ex-melhor amiga de Alice Ogilvie foi morta. Se não fosse pela improvável aliança de Alice com sua colega, Íris Adams, e sua biblioteca com a obra completa de Agatha Christie, provavelmente a pessoa errada estaria na prisão pelo crime. A polícia de Enseada do Castelo não é muito boa em solucionar crimes. Na verdade, eles são famosos por não resolverem nada. É por isso que, na noite do baile anual, Alice aproveita a oportunidade para explorar o Castelo Levy – o local de uma das mortes mais infames de Enseada do Castelo. Mona Moody, a inesquecível estrela do cinema, morreu lá há quase um século, e Alice tem quase certeza de que a polícia também errou nessa investigação. Mas, antes que possa sequer pensar em ir mais a fundo, ela cai de paraquedas na cena de um novo crime. Rebecca Kennedy é encontrada caída no chão com uma poça de sangue. E quem está de pé ao lado de Kennedy? Outra ex-amiga de Alice – Helen Park. A polícia de Enseada do Castelo acha que é um caso fácil, mas Alice e Íris têm certeza de que não pode ser tão simples. Park não é uma assassina – e as garotas sabem muito bem que na vida e seus mistérios as coisas raramente são o que aparentam. Para entender o presente, é preciso olhar para o passado.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Pigmento lançado pela Quadrinhos na Cia. O livro é de autoria de Aline Zouvi e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Clarice é uma jovem tatuadora com um questão bem peculiar: por algum motivo, as tatuagens que ela faz em si mesma não se fixam em sua pele. Essa espécie de mistério a acompanha até que um dia ela conhece Lívia, uma restauradora de livros. A partir desse encontro, nasce uma relação profunda que transformará a vida de ambas.
Uma história que faça sobre as relações que criamos. Não sabia o que esperar quando comecei a leitura de "Pigmentos", pedi o livro para a Companhia por ser de uma autora nacional e também porque tinha gostado muito do traço de Aline. Fui surpreendido, no entanto, pela forma como ela conseguiu criar uma personagem tão complexa em uma história que brinca bastante com o abstrato.
Além de trazer uma história com protagonismo LGBTQIA+, Aline consegue imprimir na sua protagonista uma série de outras questões que são extremamente relevantes e acabam surgindo de forma sutil no texto, a própria incapacidade de manter uma tatuagem em seu corpo pode ser levado para um campo mais psicológico, e isso me interessou muito.
Eu não tenho repertório o suficiente para trazer as referências de Aline, mas posso garantir que seu traço e sua história são repletas de flertes com linhas e teorias da psicologia e da própria forma como o traço da autora se articula em algumas formas.
Todo o trabalho de edição e diagramação desse livro está exemplar, me apaixonei pelo vermelho-sangue que marca o título do livro e sua estrutura em alto relevo que brinca com a ideia de tatuagem e permanência.
Para quem gosta de Graphic Novels, eu recomendo muito que conheçam o trabalho da Zouvi e que se deixem sensibilizar com a narrativa sutil, doce e que marca que é "Pigmentos".