Autor(a): Eduardo M. C.
Editora: Independente
Páginas: 212
Ano de publicação: 2024
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Desaparecimentos misteriosos não são nem um pouco incomuns no Brasil de 2122, mas Ana teve certeza desde o início que o sumiço de sua colega de trabalho não era como os outros.São tempos difíceis e fazer perguntas é cada vez mais arriscado. Numa época em que o passado é desprezado, ela vai desenterrar segredos envolvendo os primeiros habitantes da Amazônia para tentar salvar sua amiga e o futuro da floresta.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Semente Ancestral, segundo volume da série Amazônia 22 lançado de maneira independente. O livro é de autoria de Eduardo M.C. e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
E voltamos ao Brasil de 2122! Pra quem não sabe, a série "Amazônia 22" se passa em um futuro onde a Amazônia se tornou um polo tecnológico global, graças à descoberta da Vitória-régia Azul, uma planta rara que trouxe grandes avanços em saúde e produtividade das pessoas, porém sua escassez é que torna a planta tão invejada e tão cara.
Divido em diversos complexos, a sociedade da Amazônia mantém sob vigilância toda sua população; e é aqui que reencontramos Ana, que está agora trabalhando para o governo sob um nome diferente, enquanto seu pai permanece preso. Gisela (ou melhor, Ana) trabalha como influencer para o governo, seu trabalho é ostentar uma realidade farta e divertida da qual não possui, alimentando as redes com fabulações de uma sociedade perfeita.
Tudo muda quando Ana descobre que tomará o lugar de Alícia, que até então era a maior influencer que existia em todo aquele conjunto de complexos. O motivo para que Alícia tenha parado de produzir conteúdo, no entanto, é o que intriga Ana; juntamente com o sumiço da garota. Nisso, Ana sente que há algo diferente nesse caso e decide investigar, mesmo sabendo dos riscos.
Durante sua investigação, Ana descobre segredos antigos relacionados aos primeiros habitantes da Amazônia, o que a leva a perceber que o passado pode ser a chave para salvar não apenas sua amiga, mas também o futuro da floresta; para isso conterá com a ajuda do escorregadio Tomas, um informante com interesses próprios.
Nesse segundo volume, Eduardo (a autor) parece ter deixado sua escrita ainda mais afiada e fluída. Tanto é que eu gostei muito mais do segundo volume do que do anterior! Com uma evolução clara, eu amei acompanhar a trajetória de Ana em sua descoberta acerca de um dos segredos mais antigos dos complexos da Amazônia.
Desde o início do livro a tensão já é estabelecida, afinal por que Alícia desapareceu? Onde está o pai de Ana? Por onde anda a rebelião? As perguntas deixadas no final do primeiro livro são expostas aqui e aumentadas enquanto acompanhamos Ana em uma investigação intricada que nos leva ao ponto principal de muitas questões essenciais para o desenvolver da série.
E, ainda bem, muitas respostas são dadas! Por ser o segundo volume de uma série, fiquei com medo da história não andar muito, mas felizmente esse não é o caso! Conhecemos mais sobre as propriedades da Vitória-Régia, de alguns povos originários que guardam em si a resolução de alguns enigmas e também sobre o papel de Alícia nisso tudo.
Os confrontos políticos nesse livro ganham uma nova camada, amei ver como o autor usou tudo isso em seu mundo (que, vale lembrar, eu considero muito incrível e autoral). Por fim, mal posso esperar para o terceiro (e talvez último?) livro da série!