19 de outubro de 2024

RESENHA: FLOR DE POEMAS

 


Organizadores: Cecília Meireles
Editora: Global
Páginas: 376
Ano de publicação: 2024
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Uma visão abrangente da força poética de Cecília Meireles. A antologia Flor de Poemas reúne o melhor da poesia da consagrada escritora carioca. Publicada originalmente em 1972, essa nova edição chega bem ao tempo das homenagens pelos 60 anos de falecimento da poetisa, em novembro de 2024.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Flor de Poemas, lançado pela Global. O livro é de autoria de Cecília Meireles e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.  


"Flor de Poemas" é uma coletânea que imortaliza a sensibilidade lírica de Cecília Meireles, reunindo uma vasta gama de seus trabalhos poéticos. A obra é dividida em seções que exploram temas como a vida, o tempo, a memória e a natureza humana. Esta edição, selecionada por Paulo Mendes Campos, apresenta a diversidade da obra de Cecília, desde seus versos mais introspectivos até os de natureza mais universal, abordando temas como o amor, a efemeridade e a saudade.

Uma das primeiras partes da coletânea, intitulada "Viagem", apresenta poemas como "Motivo" e "Retrato", que refletem a jornada interior da autora em busca de respostas existenciais e uma reconciliação com o mundo ao seu redor. Esses versos carregam uma melancolia suave, como em "Canção", onde as imagens do tempo que passa e a impermanência da vida são expostas com uma sensibilidade única. 


Já em "Mar Absoluto e Outros Poemas", Cecília nos conduz a uma vastidão de significados, onde o mar é uma metáfora constante para o infinito e o desconhecido. Poemas como "Autorretrato" e "Madrugada no Campo" revelam uma autora que observa o mundo com olhos atentos e questionadores, sempre buscando ir além das superfícies. "Blasfêmia", por exemplo, traz uma intensidade e ousadia em seus versos, questionando as convenções e explorando a relação da poeta com o sagrado e o profano.

Cecília Meireles também reflete sobre as emoções humanas em "Os Dias Felizes", onde o poema "O Vento" captura a efemeridade dos momentos e a sensação de que tudo está em constante movimento, tal como o vento que passa e não pode ser retido. 

Ao longo da coletânea, a riqueza imagética dos versos de Cecília é palpável. Em "Solombra", por exemplo, a autora reflete sobre a finitude e a natureza do tempo, trazendo uma linguagem quase onírica que envolve o leitor em uma meditação sobre a vida e a morte: "Eu sou essa pessoa a quem o vento chama". 


Por fim, esta obra revela o que Cecília tem de mais sublime: sua capacidade de transformar o cotidiano em arte e de criar uma conexão profunda com o leitor, tornando-se, assim, uma das vozes mais eternas e envolventes da poesia brasileira.

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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