Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês uma entrevista feita com Daniel Gomes, autor de "Crônicas de Mitlae Fortaleza: A Batalha do Cristal"
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1. Daniel, a construção do Mitlae Mundo é extremamente rica, tanto em aspectos tecnológicos quanto culturais. Como foi o processo de criação desse universo tão detalhado? Você se inspirou em algum autor ou obra em particular?
A ideia inicial era fazer um mundo que coexistisse com o nosso mundo normal, semelhante ao mundo bruxo de Harry Potter, onde o protagonista descobriria esse Mitlae Mundo escondido. Mas acabei abandonando a ideia, pois senti que precisava de mais liberdade criativa, e era complicado para mim estruturar essas coisas. Então criei uma Terra paralela para explorar e expandir mais esse universo. Como sempre gostei de temas como tecnologia, futurismo, cyberpunk e fantasia, decidi usar isso ao meu favor. Também tive inspiração em histórias de fantasia e ficção como O Senhor dos Anéis, Star Wars e Doctor Who, além de mitologias, lendas e histórias em quadrinhos.
2. O Davih é um personagem que carrega o peso de uma grande responsabilidade desde cedo, algo que muitos leitores podem se identificar. O que você buscou transmitir com a jornada dele e como você vê a evolução dele dentro da história?
De um modo geral, todos nós somos temos um pouco do Davih. O personagem é sonhador e busca fazer coisas grandes, mas no início de sua jornada não se acha bom o suficiente para isso. Até que, de repente, descobre seus poderes e tem que aprender que há muito mais dentro de si do que ele mesmo pensa. Acredito que com conosco é assim: temos sonhos, e muitas vezes precisamos de algo inesperado, sermos testados no fogo para desbloquear nosso verdadeiro potencial e o que há em nossos corações. Gostei muito de trabalhar na evolução do personagem, pois me identifiquei com muitos aspectos dele, principalmente em seu otimismo.
3. A relação entre o Mitlae Mundo e a Terra traz um paralelo interessante com questões como conflito e equilíbrio de poder. Essa relação tem alguma inspiração em eventos ou debates do nosso mundo real?
Sim, pois acredito que alguém que detém o poder absoluto pode impor sua vontade sobre outros, sobre si mesmo e sobre a realidade à sua volta, mas para cada ato de poder há a sua consequência, seja boa ou ruim. Portanto podemos ser tanto senhores quanto escravos deste mesmo poder, devido à regras e leis, morais universais para não sermos nós mesmos destruídos. E enquanto existir, em quaisquer formas, haverá sempre aqueles que o desejarão para o bem ou para o mal.
4. Como você equilibra a construção do mundo e dos personagens com o ritmo frenético das batalhas? Isso foi algo que você planejou desde o início ou surgiu naturalmente na escrita?
Eu utilizo dois métodos para isso. O primeiro é construir um relato ficcional, colocando o leitor numa imersão como se realmente o Mitlae Mundo fosse um lugar que existiu, e criando personagens com emoções reais para maior identificação, pois sempre gosto de observar e refletir sobre o comportamento humano, os trejeitos das pessoas e tudo mais. O segundo é o que gosto de chamar de EFEITO TEMPESTADE onde ocorre um evento inesperado e pensado que desenrola outras consequências para enfim chegar no clímax e depois a calmaria na história. Nada disso foi imediato, mas sim desenvolvido ao longo do tempo.
5. Com o final de "A Batalha do Cristal" deixando os leitores ansiosos por mais, você já pode nos dar uma ideia do que esperar nos próximos volumes? O que vem a seguir para Davih e Mitlae Fortaleza?
R: Posso dizer que muita coisa vem por aí em relação a evolução de personagens, adição de novos e grandes revelações sobre a origem do Mitlae Mundo. Mesmo que os próximos volumes ainda não tenham sido escritos, continuamente estou com muitas ideias futuras, embora estas sejam apenas vislumbres por enquanto.