RESENHA: SETOR 16 E O CANTO DA CIGARRA

 

Organizadores: A. J. Guimarães Lara

Editora: Uiclap

Páginas: 332

Ano de publicação: 2024

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Prepare-se para a melhor festa do ano. O Setor 16 e seus funcionários se adaptam às mudanças que foram necessárias depois que um agente duplo foi descoberto. Várias pessoas, principalmente os Penas Brancas que possuem uma responsabilidade maior, lidam com o sentimento de paranoia compartilhada. Will, Iara, Ian e os outros recrutas estão ansiosos e animados para a avaliação final e consequentemente a Festa de Nomeação. A última etapa do treinamento é intensa física e psicologicamente. Quando as informações coletadas na Chapada dos Guimarães se fundem com as que foram encontradas em Salvador, o mistério dos leques de Kitagawa se torna maior do que parecia ser.Enquanto todos estão focados e distraídos com seus afazeres e comemorações, o Canto da Cigarra age sorrateiramente, preparando um ataque de maiores proporções durante a primeira missão oficial dos novos Penas Verdes.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Setor 16 e o canto da cigarra, lançado pela editora Uiclap. O livro é de autoria de A. J. Guimarães Lara e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.

Will, Ian e Iara mal tiveram tempo para se adaptar a patente de Penas Amarelas quando o Setor 16 já os coloca em uma série de testes e provações para se tornarem Penas Verdes. O que começou como uma aventura para o arqueólogo William logo se transformou em uma nova vida como caçador de artefatos mágicos. 

Com os treinamentos mais intensos que nunca, afinal ir para uma das patentes mais altas do Setor vem com um preço, todos os recrutas ainda precisam lidar com os traumas de uma traição: Hugo, um dos membros do Setor 16, foi descoberto por estar trabalhando com as Cigarras, principal organização que vai contra todos os ideais do Setor. 

Will e seus dois amigos se vêem no meio de tudo isso enquanto ainda precisam procurar pelo terceiro artefato; mesmo com dois já sendo de conhecimento público (a armadura e a espada Cortachamas), existem evidências através de hieróglifos encontrados nos tempos que falam a respeito da existência de um terceiro templo com um outro artefato, também resguardado pelos mesmos riscos e desafios que o grupo já enfrentou nos livros anteriores. 

Agora cabe ao Setor 16, nesse momento tão instável, lidar com sua turma de recrutas que está prestes a evoluir dentro da organização ao mesmo tempo em que precisam correr contra o tempo para encontrar o templo antes das Cigarras. 

E a pergunta surge: Se Hugo era um agente duplo, o que não garante que outros recrutas também podem ser traidores envolvidos na organização?

Bom, aqui nós temos o fechamento do primeiro ciclo do Setor 16. Ao começar o livro, fiquei meio receoso desse ser o último volume desse universo criado por Arnaldo Guimarães, mas por sorte esse terceiro livro parece ser apenas o fechamento de um arco que o autor queria nos trazer, isso porque o final deixa aberto para uma potencial — e eletrizante — continuação!

Eu gosto muito da escrita de Guimarães, inclusive já deixei isso claro na resenha dos outros dois livros; mas é em "O canto da Cigarra" em que as apostas ficam ainda mais altas e os perigos também. Aqui nós temos um parâmetro melhor da infância de Will e como seu passado (e família) pode estar envolvido com toda a trama. 

Além disso, existe um conflito do Will com um outro recruta, o Breno, que consegue servir de tensão para que outros personagens consigam evoluir e serem desenvolvidos (como Lidiane, por exemplo)! 

Enquanto a primeira metade do livro focado na interpretação dos hieróglifos para encontrar a pista do terceiro artefato mágico e nas provas dos recrutas para subirem de status, a segunda parte tudo vai aos ares! Revelação atrás de revelação e muitas cenas de ação fazem desse um ótimo ponto de cisão para o que quer que venha aí. 

Ian e Iara continuam carismáticos e sendo ótimos personagens secundários, gosto muito deles e espero ver o que rolou com ambos na continuação. Além disso, gosto muito de toda sistemática do Setor 16 e mal posso esperar pra saber o que será dele no futuro. A resposta para essas perguntas ainda está meio nebulosa, mas enquanto isso só digo uma coisa: Por favor, leiam a série do Setor 16!