Organizadores: Hefacar
Editora: Viseu
Páginas: 322
Ano de publicação: 2024
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Dando continuidade à caçada das relíquias, depois de tudo que descobriram — ou melhor, começaram a descobrir — será que ainda irão me ajudar? Está na hora de colocarmos o tabuleiro na posição correta, identificarmos nossos aliados e entendermos que os rótulos e as impressões que crescemos escutando sobre a relação entre orcs, golias e elfos não passam de uma história contada pelos ganhadores da antiga guerra. Estava na hora de eu reescrever essa história.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro As Crônicas do Amor e Morte: Tabuleiro da Morte, lançado pela editora Viseu. O livro é de autoria de Hefacar e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Vamos a acompanhar Alyss, filha dos assassinos do rei, na continuação d'As Crônicas do Amor e Morte! Pra quem não se lembra, Alyss é colocada com Ariel, Dominic, Keratos e Yuzuriha para uma missão extremamente importante dada pela nova rainha dos elfos, a missão secreta tem um valor vital para o futuro dos reinos.
A tarefa do grupo é localizar e recuperar onze relíquias pertencentes a um anjo caído. Esses artefatos são a única esperança para impedir que os inimigos invoquem uma entidade de poder devastador. Contudo, à medida que a jornada avança, eles enfrentam desafios cada vez mais perigosos, lidando com forças sobrenaturais e as consequências de desafiar os próprios deuses.
Enquanto isso, Titânia, o verdadeiro nome da deusa da morte, acompanha o grupo de heróis. Narradora da história, ela se mantém afastada do conflito, mas influencia e observa os eventos ao aparecer nos sonhos dos personagens. Seus segredos e motivações se revelam de forma mais potente nesse segundo livro ao mesmo tempo em que sua presença impacta as decisões e destinos do grupo ao longo da jornada.
"Na guerra só a morte é quem prospera"
Dois anos depois, aqui estamos nós de volta a esse universo tão incrível criado por Hefacar. Voltar as crônicas do Amor e Morte não foi uma tarefa fácil, isso porque tinha me esquecido de alguns dos personagens que compõem o grupo de Alyss nessa aventura as relíquias, mas aos poucos consegui me encontrar na narrativa e relembrar os acontecimentos do primeiro livro.
Uma coisa que eu gostei muito desse segundo livro foi o fato da autora explorar mais sobre a guerra que está acontecendo entre os reinos. Aqui, a busca proposta pela rainha élfica começa a ficar um pouco mais complexa, afinal o grupo está do lado "certo" da guerra? Ou as intenções propostas pela rainha são mais perigosas do que eles acreditam?
Tabuleiro da morte já se inicia com a trupe em um navio enquanto procuram por outra relíquia em ilhas distantes. Eu amo um bom plot de piratas e parte do primeiro ato do livro nos oferece isso (e claro que eu amei!). Para encontrar a relíquia, no entanto, o grupo precisa passar por provações como competições e investigações nas ilhas que compõem o mar infinito, pra isso terão que confiar em personagens um tanto duvidosos (como o Max, por exemplo).
Além disso, gostei em como a Yuzurilha ganha mais desenvolvimento nesse segundo livro, principalmente por seu interesse em descobrir mais a respeito de Titânia! A divindade aqui continua narrando a história, e os capítulos que funcionam como flashback são ideais para entendermos mais sobre a história dos reinos e também as diversas politicagens que os envolvem.
Pude sentir que a escrita de Hefacar evoluiu de um livro pra outro, tanto é que os personagens parecem ganhar uma camada a mais, se tornam mais complexo, a medida em que revelações são dadas e os verdadeiros inimigos dão as caras.
O final me surpreendeu muito e é aquele tipo de gancho que nos deixa ávidos por uma continuação (essa que será o final da série, pelo o que eu entendi!). Espero que ela saia ano que vem, mas até lá deixo a indicação para quem ainda não conhece As crônicas do amor e morte! Leiam!