Organizadores: Andrea Fagundes Campos
Editora: Independente
Páginas: 236
Ano de publicação: 2022
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Conheça também Ágata, uma intrigante e misteriosa personagem, que dirige a rede NCS (Não Cometa Suicídio), instituição que tem o condão de demover suicidas em potencial da ideia de ceifarem a própria vida. Assim como ocorre com o promotor Roberto, você leitor, também ouvirá o grito dos mortos clamando por justiça, como se o próprio Tânato, o deus da morte, estivesse exigindo o encerramento do ciclo de assassinatos impunes. Poderá Roberto atender ao chamado de Tânato? O promotor será capaz de proteger a vida daqueles que ele colocou em risco, simplesmente por amá-los? Roberto Vieira Alencar conseguirá ser mais sagaz do que este frio assassino? Descubra as respostas neste envolvente suspense policial.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A Caixa de Tânato, lançado de maneira independente. O livro é de autoria de Andrea Fagundes Campos e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
O suspense policial acompanha Roberto Vieira Alencar, Promotor de Justiça, em sua investigação sobre uma série de mortes dadas como suicídios, mas que na verdade apontam para a existência de um assassino em série por trás das mortes. Utilizando sua experiência e seus instintos e um tanto obcecado em entender o que liga esses casos, Roberto cria um dossiê para reunir todas as informações disponíveis — e dá a ele o nome de "Caixa de Tânato."
Nesse processo, Roberto conta com o apoio de Rafaela, uma delegada da qual acaba conhecendo através de seu assessor. Juntos, eles começam a entender um pouco mais a respeito da NCS, uma organização chamada Não Cometa Suicídio que é independente e operada por Ágata.
A ligação que se cria parte do momento em que Ágata é citada em alguns dos relatórios dois vinte e um casos que ocorreram nos últimos dois anos. À medida que investiga os casos, Roberto se vê pressionado a proteger pessoas próximas e buscar justiça para as vítimas, enquanto enfrenta desafios que colocam à prova sua inteligência e coragem frente ao assassino.
Mas e aí, o livro funciona?
Funciona — e muito bem! Andrea entrega uma narrativa densa e envolvente, com personagens muito bem construídos. Roberto, o promotor, é um protagonista super inteligente e que não caí naqueles erros bobos de personagens estúpidos em suspenses — o que foi um grande alívio pra mim. Sua relação com sua ex-mulher, Sueli; e seus filhos, Fabiana e João Pedro, é essencial para entendermos mais do personagem e suas motivações!
O que mais impressiona é o cuidado da autora com os detalhes. A trama não deixa pontas soltas e recompensa os leitores mais atentos, algo que senti falta em outros romances policiais que li recentemente. Outro aspecto que gostei bastante foi como Andrea mescla a investigação do caso com a vida cotidiana de Roberto, que depois de um certo tempo parece estar interessado em ter uma relação que não seja momentânea.
Não conhecemos muito sobre Rafaela nesse livro, mas a personagem é super interessante e acredito que ela será explorada nos próximos livros da trilogia! Além disso, o Gabriel foi outro personagem que me conquistou muito, justamente pelo seu jeito mais irreverente e carismático.
Ágata, no entanto, é um mistério total. É super difícil entender as motivações da personagem, mas confesso que mesmo ficando com um pé atrás com ela, é fascinante ver a forma como a personagem está conectada com tudo isso, seja ela uma vítima ou uma vilã da história.
Bom, o primeiro ato termina em um momento crucial que basicamente nos força a ler o segundo em sequência! Eu amei muito esse meu primeiro contato com a escrita de Andrea.
Se você é fã de suspenses policiais que combinam mistério, personagens bem construídos e um enredo que prende, A Caixa de Tânato é uma escolha certeira. É uma leitura que nos faz refletir sobre o fino limite entre a busca pela verdade e os perigos de descer fundo demais na escuridão do desconhecido.
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