Organizadores: Ursula K. Le Guin
Editora: Seiva
Páginas: 256
Ano de publicação: 2024
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Em dez lições e exercícios de criação – do som da escrita ao ponto de vista, da extensão da frase ao uso de adjetivos e advérbios –, Como criar histórias traz um vasto repertório de exemplos que inclui Zora Neale Hurston, Jane Austen, Virginia Woolf, Charles Dickens, J. R. R. Tolkien e muito mais. Uma ferramenta concisa e valiosa para todos os escritores.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Como criar histórias: Um guia prático para escritores, lançado pela editora Seiva. O livro é de autoria de Ursula K. Le Guin, foi traduzido por Juliana Fausto e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Em "Como criar histórias", Ursula K. Le Guin (uma das minhas autoras preferidas de ficção-científica) nos guia por dez lições práticas sobre escrita, mas com aquele toque que só ela consegue dar. As aulas vão desde questões técnicas, como sonoridade da escrita e uso de adjetivos, até reflexões profundas sobre narrativa, ponto de vista e como nos relacionamos com as palavras que usamos. Para tornar tudo mais palpável, a autora traz exemplos de gigantes da literatura, como Tolkien, Virginia Woolf e Zora Neale Hurston.
O mais legal desse livro é que ele não se limita a ser só um manual técnico. As lições são acompanhadas por exercícios práticos que nos coloca a experimentar novos estilos, pensar fora da caixa e explorar o som e o ritmo da sua própria escrita. É impossível sair da leitura sem sentir que você cresceu como autor, mesmo que só escreva por hobby.
Le Guin também consegue fazer algo raro: ela trata quem lê como igual. Não há condescendência aqui. É como se ela estivesse ao seu lado, te incentivando e apontando caminhos, mas nunca dizendo exatamente o que fazer. É uma troca, uma conversa quase íntima com uma das maiores autoras que já passaram por esse mundo.
Outro ponto que não posso deixar de mencionar é como Ursula aborda a relação entre linguagem e poder. Para ela, escrever é uma forma de compreender o mundo, de encontrar sentidos e de se posicionar diante da realidade. Essa visão ressoa com sua própria trajetória como escritora, marcada pela inventividade e por questionamentos profundos em sua obra, inclusive em "Os Despossuídos", meu livro preferido dela.
Se você escreve, quer escrever ou simplesmente é fascinado pela arte de contar histórias, "Como criar histórias" precisa estar na sua estante. Finalizei a leitura inspirado e, confesso, com aquela vontade louca de sentar e escrever alguma coisa.
Então, já sabem, né? Leiam e depois me contem o que acharam!
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