5 de janeiro de 2025

RESENHA: IRMANDADE DE DUNA

 


Organizadores:  Brian Herbert & Kevin J. Anderson
Editora:  Aleph
Páginas:  640
Ano de publicação: 2024
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O herói de guerra Vorian Atreides virou as costas à política e a Salusa Secundus. Os descendentes de Abulurd Harkonnen, Griffen e Valya, juraram vingança contra Vor, culpando-o pela ruína de suas fortunas. Como a primeira Reverenda Madre, Raquella Berto-Anirul formou a Escola Bene Gesserit no planeta Rossak. Os descendentes de Aurelius Venport e Norma Cenva construíram o Grupo Venport, usando navegadores mutantes e saturados de especiarias. Gilbertus Albans, o pupilo do odiado Erasmus, ensina os humanos a tornarem-se Mentats ― e esconde um segredo inacreditável.O movimento butleriano, que se opõe raivosamente a todas as formas de “tecnologia perigosa”, é liderado por Manford Torondo e sua devota Mestre-Espadachim, Anari Idaho. E o grupo, apenas décadas após a derrota das máquinas pensantes, começa a varrer o universo, destruindo tudo no caminho.Cada uma destas personagens ficarão enredadas na disputa entre a razão e a fé. Todas serão forçadas a escolher um lado na inevitável cruzada que poderá destruir a humanidade para sempre.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Irmandade de Duna: Escolas de Duna lançado pela editora Aleph. O livro é de autoria de  Brian Herbert & Kevin J. Anderson e a resenha foi escrita por Leonardo Santos. 


Estamos milhares de anos antes dos eventos narrados em Duna, testemunhando o início de instituições, filosofias e conflitos que moldariam o futuro da galáxia e tornariam Arrakis o centro de tudo.  

Aqui, a humanidade está em um período de ruptura e transformação. A jihad butleriana — uma guerra contra máquinas conscientes — que redefine a forma como os humanos enxergam o progresso tecnológico, colocando questões éticas e existenciais no cerne do enredo. É nesse ambiente caótico que vemos o surgimento das sementes de várias das organizações e ideias que se tornariam pilares em Duna: as Bene Gesserit, os Mentats, o escudo Holtzman e até os primórdios do controle econômico da CHOAM.  


Vale lembrar que esse livro não foi escrito por Frank Hebert, mas sim pelo seu filho e por um colaborador! Por isso, a narrativa realmente é um tanto diferente daquela que eu conheci na série original. Aqui, cada personagem adiciona sua visão sobre um universo em mudança, enquanto suas ações deixam claro que o que está em jogo não é apenas o poder, mas o próprio futuro da humanidade — em uma vibe bem Game of Thrones. É incrível perceber como elementos tão familiares — que tomamos como garantidos em Duna — aqui surgem com frescor, como respostas a dilemas políticos, religiosos e sociais de uma época tumultuada.  


Um dos pontos que mais me intrigaram foi como a jihad butleriana é representada. Muito além da violência, essa guerra é uma luta filosófica: humanos buscando se libertar da dependência de máquinas enquanto se enfrentam para decidir os limites do progresso e do livre-arbítrio. Não existem respostas fáceis, e o texto mergulha na complexidade dessas questões, instigando a reflexão sobre os custos de qualquer transformação revolucionária.  

A escrita é marcada por capítulos curtos, que mantêm um ritmo ágil e garantem que as diferentes subtramas se conectem de maneira natural. No entanto, admito que por vezes senti falta de um aprofundamento emocional em certos personagens, principalmente se compararmos com o nível de introspecção presente na obra original de Frank Herbert. Apesar disso, o mosaico geral é fascinante, oferecendo um vislumbre enriquecedor sobre esse universo.  


Irmandade de Duna não busca ser uma continuação, mas um complemento. Ele expande o universo de Herbert e fornece um contexto histórico para muitos dos temas que amamos em Duna, como o uso político da religião, o impacto do fanatismo e as forças invisíveis que regem grandes impérios.  

Se você é fã da série, encontrará aqui uma fonte inesgotável de informações e conexões que enriquecem a experiência de Duna. Brian Herbert e Kevin J. Anderson entregam um épico que mantém o respeito à obra original, enquanto exploram com ousadia as lacunas deixadas por Frank Herbert. 


Que livro fantástico, meus amigos. Quanto mais leio sobre esse universo, mais ele me fascina. Mal posso esperar para mergulhar ainda mais na história desse mundo tão rico e intrincado.  



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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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