Organizadores: Brandon Sanderson
Editora: Trama
Páginas: 692
Ano de publicação: 2024
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Esta é a história de duas irmãs e princesas de Idris. A princesa caçula, Siri, desfruta de certa liberdade, uma vez que não foi criada para atender às demandas da realeza. Vivenna, porém, é educada e treinada para se casar com o Rei-Deus de Hallandren e salvar seu povo.Quando a possibilidade de uma guerra com Hallandren se aproxima, Dedelin, o Rei de Idris, não tem outra escolha a não ser enviar a filha para poupar seu povo, pelo menos por enquanto. Mas o tratado não diz qual filha ele deve mandar.Em um mundo onde os que morrem em glória retornam como deuses para viver como exemplo, cercados por luxo e regras, uma magia chamada Respiração BioCromática é a base de um poder centrado em cores e pode manipular tudo ao redor. Aqui, não só as princesas podem ser a chave da guerra ou da paz, mas também os poderosos reis e deuses, os que desejam poder e os que querem se livrar dele, os bons e os maus e, principalmente, o misterioso Vasher, o Warbreaker.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Warbreaker: O sopro dos deuses lançado pela editora Trama. O livro é de autoria de Brandon Sanderson e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
É, gente... Meu primeiro contato com a escrita do Sanderson veio aí! E se eu amei? Olha, talvez a decisão de começar a ler a Cosmere por Warbreaker tenha sido a melhor que eu já fiz! Esse livro é fenomenal e só agora eu fui entrar no hype do autor.
A história se passa em Hallandren, um reino onde a magia – conhecida como BioChroma – é alimentada pelo Sopro, uma essência vital que pode ser doada voluntariamente ou roubada. Quanto mais Sopro uma pessoa acumula, mais poder ela detém, incluindo a capacidade de animar objetos inanimados (como tapetes vivos e espadas inteligentes) e até mesmo retornar da morte como um Retornado, figura divinizada e cultuada pelo povo de T'Telir
No centro da trama, duas princesa: Vivenna, princesa de Idris treinada desde a infância para se casar com Susebron, Deus-Rei de Hallandren como parte de um tratado frágil, e Siri, sua irmã mais nova, enviada como substituta de última hora. Enquanto Siri se vê presa em um jogo de aparências na corte divina, Vivenna parte em uma missão desesperada para resgatá-la, descobrindo segredos que abalam suas convicções.
Ao mesmo tempo, nós acompanhamos Canto-de-luz, uma das divindades que povoa esse panteão de T'Telir. Por ser um retornado, sua presença agora é a de um verdadeiro deus, no entanto, Canto-de-luz não se sente como um deus, mas sim como... o quê? Difícil saber, já que ele (e nenhum outro Retornado, na verdade) não tem nenhuma memória de sua vida anterior.
Nos trâmites da corte de T'Telir, Siri começa a suspeitar da mão que orienta os deuses e que move todo o império conforme sua relação com o Deus-Rei evolui ao mesmo tempo em que Vivenna tenta parar uma guerra cada vez mais eminente entre T'Telir e Idris, seu reino.
Folpes de Estado, rebeliões religiosas, pactos obscuros, um sistema de magia INCRÍVEL e muita intriga palaciana. Talvez essa seja a melhor maneira de descrever Warbreaker! Como dito anteriormente, foi com esse livro que comecei a ler a Cosmere, espécie de universo compartilhado do autor; tinha tentado por O Caminho dos Reis antes, mas acabei desistindo! Voltei com Warbreaker e estou completamente apaixonado.
Sanderson brilha ao desenvolver personagens principais: Siri, inicialmente vista como imprudente e imatura, revela uma astúcia surpreendente ao negociar com divindades cínicas e políticos manipuladores. Vivenna, por outro lado, desmorona diante de verdades duras sobre seu próprio preconceito e a realidade de Hallandren, Até mesmo figuras secundárias, Canto-de-luz e Vasher, um misterioso forasteiro acompanhado por uma espada falante e sanguinária, ganham camadas profundas, questionando noções de fé, sacrifício e livre arbítrio.
Como é marca registrada de Sanderson, o BioChroma é meticulosamente construído. A magia, vinculada às cores (que se esvanecem conforme são usadas), é apaixonante e muito original (me senti assim lendo a trilogia de Foundryside, inclusive quem quiser fica aí a indicação) e me conquistou completamente.
Grande parte do livro se passa dentro da corte de T'Telir, por isso seu ritmo pode desacelerar bastante, principalmente no segundo ato; mas eu estava tão fascinado com o universo que isso não me incomodou. O terceiro ato em si me trouxe alguns desconfortos, principalmente pela forma como o maior conflito do livro (a guerra) é solucionado, mas paciência!
Bom, agora sim começarei a ler Os relatos da guerra das tempestades, me desejem sorte!