RESENHA: AURORA

 

Organizadores: Roger Donas

Editora:  Independente

Páginas: 138

Ano de publicação: 2024

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Renato é um excelente arquiteto paulista de 32 anos, mas até esse momento teve poucas oportunidades para demonstrar todo seu talento, justamente por trabalhar em um escritório de arquitetura e design sem muita expressão no mercado. Ainda assim, isso de forma alguma era empecilho para que Renato continuasse em busca de seu sonho, o de ter seu próprio escritório de arquitetura e poder comandar várias obras e profissionais.Porém, o destino lhe reservou um desvio repentino nesse seu sonho, seu tio Sethos, que há muito tempo morava fora do país, mais precisamente na Nova Escócia, Canadá, deixa-lhe como herança uma mansão em estilo vitoriano.Agora ele terá que viajar para Nova Escócia, e com a ajuda de Agnes Berfort, cuidadora de seu tio Sethos. Ambos tentarão desvendar um enigma que envolve não só a mansão, mas ao seu tio também.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Aurora, lançado de maneira independente. O livro é de autoria de Roger Donas e a resenha foi escrita por Leonardo Santos. 

Nessa história nós conhecemos Renato, um arquiteto paulista de 32 anos, que vive um cotidiano que, apesar de repleto de talento, o mantém preso a um escritório sem brilho e sem grandes oportunidades. Seu maior sonho, no entanto, é ter o seu próprio escritório, onde pudesse, enfim, demonstrar todo o seu potencial. Contudo, o destino tem planos inesperados.

Isso porque Renato descobre que herdou uma herança de seu tio Sethos, um parente distante que viveu muitos anos no exterior e, ao deixar uma mansão vitoriana na Nova Escócia, província canadense. Essa nova descoberta lança Renato em uma aventura que foge completamente do que ele imaginava para a sua vida. 

Ao chegar nessa terra distante e ter acesso a uma mansão de mais de trezentos acres, Renato recebe uma carta enigmática junto as chaves da mansão. A cara, com uma representação de carta de baralho, tem com uma frase estranha, um enigma que precisa ser descoberto pelo arquiteto. 

Nesse cenário, surge Agnes Berfort, a cuidadora de Sethos, que se torna parceira indispensável nessa jornada. Juntos, Renato e Agnes enfrentam uma série de enigmas deixados pelo falecido tio de Renato ao mesmo tempo em que passam a se conhecer e descobrir a aspectos esquecidos de si mesmos. 

A "caça ao tesouro" ganha ainda mais urgência quando Renato descobre que o futuro da mansão pode estar à risca por conta de um empréstimo que seu tio havia pego com o banco antes de falecer. Em uma corrida contra o tempo, o arquiteto e a cuidadora passam a tentar encontrar uma saída para tudo aquilo. 

Que história incrível! Para início de conversa, eu amo essas narrativas em que você, como leitor, precisa ir juntando as peças para decifrar os enigmas propostos pela história junto aos personagens. Em Aurora nós temos exatamente isso, e os enigmas são divertidos e desafiadores. 

Em alguns momentos, me senti lendo um livro da Agatha Christie ou do Dan Brown! Tudo  ainda ganha mais urgência por conta de uma provável venda da mansão. 

Ao mesmo tempo em que temos essa caça ao tesouro, conhecemos mais sobre o passado de Agnes, que se tornou uma das minhas personagens preferidas dessa história, e sua relação com o protagonista, Renato. Chega a um ponto da narrativa em que é impossível não torcer para que os dois fiquem juntos no final! 

O livre é curto, com cerca de 140 páginas eu acredito que Roger, o autor, consiga manter o ritmo fluido e elétrico para que avancemos cada vez mais na leitura! 

A solução final é bem interessante, pois ela acaba puxando alguns elementos do Brasil (Amazônia principalmente) ao mesmo tempo em que entendemos um pouco mais das motivações do próprio Sethos, tio falecido do protagonista. 

Então fica a minha indicação para quem gosta de um bom suspense com algumas pitadas de romance em uma história curta que surpreende muito